Paulo Marcos , ex-técnico do Americano na Taça Guanabara , dispensado pelo Clube por revelações em um site da cidade (URURAU) sobre a estrutura do mesmo , deu uma entrevista para a GAZETA ON LINE de Vitória. Ele está prestes à retornar ao futebol capixaba pelo Rio Branco que está 35 anos sem um título. Leia um trecho:
Americano
Essa foi a minha oitava passagem pelo Americano, clube estruturado para disputar o Capixabão, mas não o Campeonato Carioca. A folha salarial deles é de R$ 60 mil. Outros clubes pequenos do Rio de Janeiro, como a Cabofriense, por exemplo, tem uma folha de R$ 400 mil. Isso sem citar os clubes grandes. Me deram uma 'pedra de gelo' na mão e eu tinha que mantê-la gelada até o fim da competição. Falei para o presidente para melhorar as condições de trabalho do Americano, ou o clube vai sumir. Hoje você vê clubes cariocas como o Olaria, América, Portuguesa, Goytacaz, Campo Grande e Bonsucesso na segunda divisão, agonizando. Se rapidamente não derem uma estrutura melhor a esses tradicionais clubes, eles vão sumir. Falei tudo isso para a imprensa de Campos, mas eles aumentaram um pouco as coisas. A diretoria do Americano não gostou e foi criado um desgaste na véspera da partida contra o Fluminense. Após o jogo contra o Resende (último da Taça Guanabara) decidi sair.
Kieza e Siller
São jogadores que eu queria contar quando ainda estava no Serra para a disputa da Série C do ano passado. Eles têm qualidade para jogar em qualquer time. O Siller não tem tanta técnica, mas é um atleta que não teme nenhum adversário. No jogo contra o Vasco, por exemplo, anulou o Carlos Alberto. Já o Kieza eu não tenho nem o que falar. Ele vai jogar a jogar a primeira divisão neste ano e o Americano vai ganhar muito dinheiro com ele (o clube de Campos detém 50% dos direitos econômicos do atacante). Ele tem propostas do Botafogo, do Goiás e do Barueri. Eu aposto que o Kieza vai se tornar em breve um atleta de ponta. É claro que tudo vai depender da cabeça dele e do rumo que a carreira dele tomar. Mas ele tem muita qualidade. Inclusive o Kieza mora no mesmo prédio que eu moro e estou sempre o orientando para que não deixe o sucesso subir a cabeça.
É isso aí, Paulo Marcos!
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