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quarta-feira, 3 de junho de 2009

ESCRAVIDÃO NÃO ACABA EM CAMPOS

A velha prática da escravidão no setor açucareiro em Campos está longe de acabar. Ontem , fiscais do Ministério do Trabalho e policiais federais fizeram uma inspeção no campo e um desses fiscais chegou a dizer que foi uma das piores situações que já viu em toda sua vida .
Eu não fiquei surpreso , por que conheci trabalhadores que atuavam no corte de cana na USINA SANTA CRUZ , inclusive trabalhando comigo hoje , e sei que essa prática é comum e mais , acontece com crianças e principalmente com trabalhadores do norte de MINAS GERAIS , Alagoanos e outros nordestinos . Se não me engano , essa USINA foi autuada pela terceira vez , no mínimo , e ninguém vai preso. Daí , a continiuação da prática de semi-escravidão .

A Usina Santa Cruz é administrada pelo GRUPO JOSÉ PESSOA , de uma dinastia que se enriquece às custas do trabalho forçado e da exploração daqueles que sonham em sobreviver. O campista já não quer mais esse tipo de trabalho e os capatazes vão buscar seus "escravos" em áreas mais pobres , onde são oferecidos diárias de 30 à 50 reais . Uma coisa esses trabalhadores não contam , trabalham sem carteira assinada na maioria das vezes e ainda são obrigados a pagar por mantimentos comprados numa chamada COOPERATIVA dos próprios usineiros com preços bem acima do mercado e por sua hospedagem num alojamento em péssimas condições , onde os DIREITOS HUMANOS passa longe , muito longe . Esses trabalhadores então chegam a ficar devendo à seus patrões depois de trabalharem 12 horas por dia.

Só vai acabar esse tipo de crime quando um usineiro for preso , enquanto isso, nas lavouras de Campos e outras regiões do país , os sonhos de um pobre trabalhador vão secando ao sol escaldante de um país tropical.

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