Lula dá entrevista à Revista Valor

Uma entrevista histórica , assim classifica o jornalista Luís Nassif e realmente nos impressiona pela profundidade e importância dos temas abordados , pensando num Brasil grande à longo prazo.

A entrevista foi concedida aos jornalistas Claudia Safatle, Maria Cristina Fernandes, Cristiano Romero e Raymundo Costa, em Brasília.

Da consolidação das Leis Sociais

Como a CLT (Consolidação das Leis Trabalhalistas) na era Vargas , Lula pretende enviar ao Congresso o que ele chama de Consolidação das Leis Sociais para consolidar e unificar os projetos sociais de seu governo

Projeto de Inclusão Digital

Também , ainda esse ano , encaminhará ao Congresso Nacional,um projeto de integração nacional numa rede de fibra ótica que abrangerá todo o país , facilitando o acesso á internet para os menos favorecidos.

Da presença do Estado no setor privado

Lula diz que o BNDES não emprestou dinheiro para grandes empresas e sim o mesmo se tornou parceiro para enfrentar a crise e com participação acionária , dando a entender que certos empresários foram irresponsáveis , apostando na queda do dólar e freando assim , investimentos que poderiam surtir efeito agora , com uma nova e maior demanda mundial.Disse também que não cometeu ingerência sobra a VALE , apenas recomendou e ainda recomenda um maior valor agregado de seus produtos.Não se pode apenas vender minério de ferro pra China , enquanto esse mesmo país produz hoje 15 vezes mais aço que o Brasil , obtendo mais dividendos com um valor agregado maior , ou seja , é preciso mais ousadia e o Brasil e a Vale têm potencial para isso, acredita Lula.

Da gastança do Governo

Lula defende , ao contrário da imprensa e da oposição , um Estado forte e cumpridor de seus deveres para com a população , gerando renda e trabalho , tanto que o Brasil foi o país que menos sofreu com a crise mundial.

Da possível derrota de Dilma em relação ao pouco carisma que a ministra tem frente à Serra

Lula diz:

“Se dependesse de carisma, Fernando Henrique Cardoso não teria sido eleito e Serra não seria nem candidato. Jânio Quadros tinha carisma e ficou só seis meses”.

"O principal ativo de Dilma é a capacidade gerencial da ministra e mulher tem que ser dura mesmo, para se impor entre os homens.”
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