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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Péssimos indicadores na cidade dos royalties

O que dirão os blogueiros de coleira quando se tem em mãos os seguintes números ?

Campos dos Goytacazes , com o quinto maior orçamento do país , obteve a penúltima colocação na avaliação do Ideb , nota 3,2 para sua educação pública entre as principais cidades do Brasil .

Outro indicador não menos importante , o município de Campos caiu de 51º para 56º lugar entre as 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes , no ranking do Ministério das Cidades que avalia a evolução do saneamento .

Estamos piorando com mais dinheiro.Campos recebe dez vezes mais recursos provenientes dos royalties de petróleo (1,2 bilhão em 2011) do que recebia há dez anos atrás .

Só mesmo muita incompetência e irresponsabilidade com dinheiro público para chegarmos a esse patamar .

2 comentários:

Marcos disse...

Real mente essa palavra incompetência mostra como que ate para roubar tem de ser inteligente e eu ainda sou obrigado a ouvir pelas ruas de pessoas que G. e muito inteligente ele e corrupto e safado eu não acredito nesta briguinha de familia ta vcs ainda vão ver onde isso vai parar

Anônimo disse...

Movidas pelo ouro negro - Veja - 31/10/2011

Os 1 031 municípios brasileiros produtores de petróleo embolsaram 34 bilhões de reais em royalties desde 1999. Mas poucas prefeituras fizeram bom uso do dinheiro

A Petrobras atracou em Macaé, no Rio de Janeiro, em 1976, dando início à metamorfose que transformaria a pacata vila de pescadores na capital brasileira do petróleo. Naquele ano, a cidade foi escolhida para sediar as operações da estatal na Bacia de Campos, que hoje produz 83% do óleo do país. Duas décadas mais tarde, já no governo Fernando Henrique Cardoso, a aprovação da Lei do Petróleo deu novo empuxo à região. A autorização para que empresas privadas entrassem no ramo da exploração petrolífera e o aumento das compensações pagas aos municípios produtores fizeram com que Macaé fosse invadida por multinacionais. Desde então, já recebeu 3,7 bilhões de reais em royalties. A prefeitura usou bem esse bilhete premiado. Com dinheiro sobrando em caixa, decidiu doar prédios e terrenos a duas universidades, a Federal do Rio de Janeiro e a Federal Fluminense, para que se instalassem por lá. Em 2000, a cidade tinha 1 000 universitários, em apenas quatro cursos. Hoje, são 6 100 alunos, em 44 carreiras.

Os engenheiros formados ali disputam vagas nas petrolíferas – que pagam salários médios de 10 800 reais. A alta renda da cidade atraiu outros profissionais qualificados, como médicos e advogados, que formaram uma rede de serviços para atender os 60 000 cidadãos que vivem diretamente do petróleo. Essa relação move a roda da economia local. Segundo a Junta Comercial, atualmente Macaé concentra 8% de todas as novas empresas abertas no estado do Rio de Janeiro. O dinamismo elevou ainda mais a receita municipal. A prefeitura investiu em obras de infraestrutura, como um arco rodoviário de 15 quilômetros, construído em torno de Macaé, a fim de desafogar o trânsito na região central. A orla também foi revitalizada. Redes internacionais de hotéis se instalaram na cidade, como as americanas Sheraton e Best Western, e o turismo de negócios já representa 10% do PIB local. Com tudo isso, a dependência dos repasses das petrolíferas diminuiu. Embora em valores absolutos os pagamentos de royalties tenham quintuplicado na última década, seu peso relativo na arrecadação municipal caiu de 52% para 32%. Macaé não se tornou escrava dos royalties.

Infelizmente, esse sucesso é uma exceção. Desde 1999, 1031 prefeituras repartiram 34 bilhões de reais de compensações do petróleo, mas poucas fizeram bom uso. O pior exemplo também fica no litoral fluminense, a apenas 100 quilômetros de Macaé: é a cidade de Campos dos Goytacazes, campeã absoluta em receita de royalties. Só na última década, foram 8 bilhões de reais embolsados. O dinheiro se perdeu entre o desperdício, a corrupção e o assistencialismo. Algumas das obras realizadas são monumentos à irracionalidade. A prefeita Rosinha Garotinho, do PR, está torrando, neste ano, 68 milhões de reais na construção de um sambódromo. Em 2003, o então prefeito Arnaldo Vianna mandou cobrir os 3 000 metros quadrados da Praça São Salvador, no centro da cidade, com placas de granito polido. O luxo, segundo o ex-deputado federal José Divino, custou 46 milhões de reais. A prefeitura usa, ainda, a renda do petróleo para subsidiar passagens de ônibus que integram uma espécie de “bolsa família”. “Os royalties são utilizados para o clientelismo”, diz Carlos Pereira, da Fundação Getulio Vargas. Enquanto isso, Campos dos Goytacazes coleciona índices vergonhosos. Sua nota média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é 3,2 – a segunda pior entre as cidades com mais de 200 000 habitantes – e a taxa de mortalidade infantil, de 21, é a quarta pior. O índice de homicídios aumentou 42% na última década. Os quatro últimos prefeitos foram afastados do cargo por irregularidades em processos eleitorais ou durante a administração. Com políticos assim, não há royalties que deem jeito.

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/10/31/cidades-2013-o-progresso-via-petroleo

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