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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Renda média do trabalhador brasileiro cresce 20% em 5 anos

Menos desigualdade social

A renda média do trabalhador cresceu 20% nos últimos cinco anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A região Nordeste teve o melhor resultado, apresentando crescimento de quase 29%, praticamente 50% acima da média nacional. O Centro-Oeste foi a única região que apresentou queda do rendimento médio mensal do trabalhador em 2009 em relação ao ano anterior, de 0,6%.

Entre os dados positivos da pesquisa, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, destacou a diminuição da desigualdade de renda dos trabalhadores. “Os trabalhadores mais pobres tiveram um aumento real de 5,9%, que continuou crescendo mais rapidamente do que a renda dos trabalhadores mais ricos, com rendas mais altas”, observou.


Além disso, acrescentou, a redução da desigualdade de renda no Brasil em 2009 foi verificada apesar da crise econômica mundial. Segundo a pesquisa do IBGE, o Índice de Gini (uma escala de 0 a 1, usada para medir a desigualdade da renda, na qual 0 corresponde à completa igualdade de renda e 1, à completa desigualdade) recuou de 0,514 em 2008 para 0,509 no ano passado.


Outro destaque foi o número de trabalhadores com carteira assinada, apesar do desemprego provocado pela crise internacional, cujos reflexos começaram a ser sentidos no último trimestre de 2008. Pelos números da pesquisa, mais de 32 milhões de trabalhadores brasileiros tinham carteira assinada em 2009, ou seja, 59,6% da população estava empregada.


Isso mostra que 483 mil trabalhadores saíram da informalidade em 2009, na comparação com o ano anterior. A previsão do Ministério do Planejamento é de que esse número chegue a 2 milhões e meio de empregos com carteira assinada em 2011.


Índices negativos

Com relação ao desemprego, pelos dados da Pnad, pelo menos 8,4 milhões de pessoas estavam desocupadas no Brasil em 2009. Isso representava 18,5% a mais em comparação a 2008, sendo que a taxa de desocupação passou de 7,1%, em 2008, para 8,3%.


Segundo o ministro Paulo Bernardo, essa queda reflete um impacto muito forte da crise, principalmente no primeiro semestre. “Como a pesquisa foi feita em setembro, mostra que, na época, os reflexos da crise ainda eram fortes, como o aumento do desemprego”, explicou Paulo Bernardo, acrescentando que a queda foi superada em 2010.


Quanto à redução da taxa de ocupação na agricultura, a queda foi de 17,4% para 17%, especialmente devido à seca nas principais regiões produtoras. A indústria recuou de 15,1% para 14,7%.


Avanços Sociais

A Pnad apontou a redução do analfabetismo e o número de crianças em idade escolar matriculadas auementou. Ou seja, o número de crianças que estão na idade de estar na escola e estão de fato matriculadas aumentou e está quase universalizado, explicou o ministro do Planejamento.


O IBGE constatou que o analfabetismo funcional – calculado como o percentual de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudo – também teve queda em todas as regiões do País, com taxa de 20,3%. O índice é 4,1 pontos percentuais menor que o de 2004 e 0,7 ponto percentual menor que o de 2008.


Outro dado relevante registrado na Pnad foi o crescimento do número de domicílios com computador, que aumentou de 12,2%, em 2004, para 27,4% no ano passado. Isso representa um avanço na utilização da internet seja para lazer, seja para a produtividade do brasileiro. “Se você somar com as escolas públicas que têm banda larga, nós já temos mais de 50% da população que têm acesso regular à internet. Isso é uma coisa muito positiva”, afirmou.

Reprodução do site www.brasil.gov.br

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